Segundo os estatutos do clube, a implementação do voto eletrónico nas eleições do Benfica exige unanimidade entre os candidatos. Caso não haja consenso, a votação será realizada presencialmente, em urna.
Na passada segunda-feira, os candidatos às próximas eleições do Sport Lisboa e Benfica estiveram reunidos, e um dos principais pontos em debate foi a viabilidade da implementação do voto eletrónico para o ato eleitoral agendado para outubro.
De acordo com o diário desportivo `O Jogo`, o encontro, que foi conduzido por José Pereira da Costa, presidente da Mesa da Assembleia Geral, não resultou em qualquer alteração no que respeita ao voto eletrónico. Esta falta de progresso deveu-se, em grande parte, à posição adotada pela candidatura de João Noronha Lopes.
João Noronha Lopes não marcou presença na reunião, tendo sido representado por Pedro Marecos e Guilherme Fontes. Para além da questão do voto eletrónico, foram também discutidos e definidos os procedimentos e as datas pertinentes para o decorrer do processo eleitoral.
Cristóvão Carvalho, que esteve presente no encontro, utilizou as redes sociais para partilhar o seu balanço da reunião. Nas suas publicações, teceu críticas ao seu opositor, visando a postura deste em relação à adoção do voto eletrónico para os sócios do clube residentes nas regiões autónomas e fora de Portugal.
Nas suas palavras, Carvalho escreveu: “Quem ambiciona liderar o Benfica deve estar presente, em pessoa, em todos os momentos em que o clube o convoca, e não apenas naqueles que considera que podem render votos.”
O mesmo candidato referiu ainda que este tópico gerou um debate intenso, principalmente porque os novos estatutos do clube exigem a unanimidade de todas as listas candidatas para que uma medida desta natureza possa ser implementada.
Contudo, e conforme avançado por `O Jogo`, João Noronha Lopes não demonstra grande abertura para a alteração do sistema de votação nas referidas regiões, uma posição que desencadeou fortes críticas por parte de Cristóvão Carvalho.
Carvalho salientou que “a posição irredutível e contrária ao voto eletrónico impede que todos os benfiquistas – especialmente aqueles que residem fora de Lisboa e de Portugal – possam exercer o seu direito de voto com facilidade, segurança e transparência. Eu defendo um sistema moderno, auditado por entidades externas e acessível a todos os sócios do Benfica, independentemente da sua localização.”
Apesar do cenário atual de impasse, a situação ainda não está completamente resolvida. Novas reuniões estão agendadas para as próximas semanas, e existe a possibilidade de que estas possam levar a uma mudança no panorama e, quem sabe, à aceitação do voto eletrónico.