A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) aprovou por unanimidade o seu Plano de Atividades e Orçamento para a época 2025/26. Este plano estabelece receitas recorde na ordem dos 31,8 milhões de euros (ME) e prevê a distribuição de dividendos superiores a 10 ME pelas Sociedades Desportivas.
Durante uma Assembleia Geral extraordinária, que decorreu no auditório da Arena Liga Portugal, foi também validada uma proposta apresentada pelo Vitória de Guimarães. Esta proposta altera o Regulamento das Competições de modo a permitir que, a partir da próxima época, todos os treinadores que estejam a frequentar o curso de IV Nível possam desempenhar as suas funções na totalidade, deixando de ser necessário que sejam substituídos pelos treinadores adjuntos tanto durante os jogos como nas habituais declarações pós-partida.
Esta modificação regulamentar beneficia diretamente clubes como o Vitória de Guimarães, uma vez que o seu novo treinador, Luís Pinto, encontra-se a realizar o referido curso. A proposta, inicialmente submetida na Assembleia Geral de 11 de junho, obteve o apoio de mais 15 emblemas do futebol profissional: Moreirense, Feirense, Estrela da Amadora, Farense, UD Oliveirense, Vizela, Leixões, Marítimo, Nacional, Boavista, Sporting de Braga, Gil Vicente, Tondela, Portimonense e Paços de Ferreira.
O orçamento para 2025/26, o primeiro sob a liderança do presidente Reinaldo Teixeira, constitui um documento consolidado que abrange as contas do grupo empresarial da Liga. Inclui, assim, as contas da Liga Portugal e das suas entidades associadas: Liga Infraestruturas, Liga Comercial, Liga Centralização, Fundação do Futebol e Liga Portugal Business School.
Entre as prioridades estratégicas destacam-se o apoio contínuo às Sociedades Desportivas, a otimização e redução de custos operacionais, o fomento do aumento da comparência de público nos estádios, o combate efetivo à pirataria de transmissões, a implementação de medidas de limitação do consumo de álcool nos recintos desportivos e um forte investimento na produção e distribuição de conteúdos, no âmbito do processo em curso de centralização dos direitos audiovisuais.
Apesar da previsão de receitas recorde, superando os 31,8 ME, a Liga projeta um resultado operacional de 580 mil euros. O próximo exercício financeiro afigura-se particularmente exigente em termos de tesouraria, na medida em que será o primeiro a integrar de forma completa os encargos associados ao funcionamento e manutenção do edifício Arena Liga Portugal.
A Direção Executiva da LPFP reiterou o seu compromisso com uma gestão financeira prudente e rigorosa. Neste contexto, admitiu a possibilidade de renegociar contratos de financiamento existentes e de explorar e implementar novas ferramentas e estratégias de gestão financeira, com o objetivo primordial de garantir o equilíbrio orçamental e assegurar a sustentabilidade a longo prazo das atividades da Liga ao longo da próxima época desportiva.