Em resposta a um pedido de adiamento por parte do Benfica, a Liga Portugal emitiu um comunicado esta quarta-feira, reiterando que a Centralização dos Direitos Audiovisuais “é para avançar”. A entidade que rege o futebol profissional no país garantiu ter tomado nota das preocupações apresentadas pelo clube da Luz, admitindo que algumas dessas inquietações “são partilhadas pela atual Direção”.
Ainda assim, a Liga sublinhou que este processo é visto como “uma transformação estrutural determinante para o futuro do Futebol Profissional em Portugal”, reforçando a sua irreversibilidade.
A situação mereceu também um comentário por parte do Governo, através do Secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias. O governante expressou a esperança de que não seja necessária qualquer intervenção governamental no assunto e manifestou confiança num eventual consenso entre as partes envolvidas.
No seu comunicado, a Liga Portugal detalhou as ações já empreendidas desde a tomada de posse da atual Direção Executiva, há 84 dias, no sentido de fazer avançar o processo. Entre elas, destacam-se reuniões com operadores televisivos nacionais e internacionais, incluindo plataformas de streaming.
Foram igualmente promovidos encontros com entidades como o Governo, a Autoridade da Concorrência e as forças de autoridade (PSP, GNR, Polícia Judiciária, SIS, Proteção Civil), com foco no combate à pirataria e na sensibilização dos adeptos para condutas adequadas.
Contactos com a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) visam promover o futebol nacional no estrangeiro, enquanto reuniões com países de Língua Oficial Portuguesa reforçam laços no espaço lusófono.
A partilha de experiências e boas práticas com outras ligas europeias também tem sido uma prioridade, em encontros técnicos que procuram reforçar a credibilidade do futebol português a nível internacional.
A Liga sublinha que este trabalho tem contado com o envolvimento crescente das Sociedades Desportivas, que reconhecem os progressos realizados. O objetivo é claro: cumprir, ou até antecipar, os prazos estabelecidos pelo Governo no Decreto-Lei n.º 22-B/2021.
A concluir, a Direção Executiva da Liga Portugal reafirma com sentido de responsabilidade que “a Centralização dos Direitos Audiovisuais é para avançar”, encarando-o como “um compromisso assumido com as Sociedades Desportivas, com os adeptos e com a sustentabilidade do futebol nacional”, a ser concretizado “com todos – sem exceção”.