José Mourinho assinou um contrato de duas temporadas com o Benfica, com a possibilidade de rescisão por mútuo acordo no final da presente época. A notícia da sua chegada gerou grande expectativa, e as suas primeiras declarações não deixaram ninguém indiferente.
O recém-nomeado treinador do Benfica expressou as suas primeiras impressões antes da conferência de imprensa oficial que o apresentou como o novo líder das águias:
“Sinto uma profusão de emoções, mas a minha experiência permite-me controlá-las. Desejo realçar a confiança e a honra que me invadem neste instante. Como português, é evidente que todos conhecem a história, a cultura e a vasta dimensão da nação benfiquista e do seu clube.”
Mourinho prosseguiu, estabelecendo as suas prioridades e a forma como encarará este novo desafio na sua ilustre carreira:
“No entanto, quero deixar algo bem claro: preciso de conseguir pôr de lado estas emoções e concentrar-me totalmente no Benfica, na minha função e nas minhas responsabilidades. De forma muito direta, sou o treinador de um dos maiores clubes do mundo, e é nisso que me quero focar. Não tanto na dificuldade, mas sim no prazer que, enquanto treinador, sinto ao dedicar-me a algo verdadeiramente apaixonante. Celebro 25 anos de carreira, mas não vim para aqui com esse intuito.”
Dirigindo-se a Rui Costa, presidente do clube, e a todos os adeptos espalhados pelo mundo, o técnico fez uma declaração impactante sobre o significado de treinar o Benfica:
“Ao longo de 25 anos a trabalhar nos maiores clubes a nível mundial, dirijo-me a si, [Rui Costa], como representante dos milhões de benfiquistas espalhados pelo globo, para afirmar que nenhum desses gigantes que tive a honra de treinar me fez sentir mais honrado, responsável e motivado do que ser o técnico do Benfica. Costuma-se dizer que as palavras são levadas pelo vento, mas as atitudes permanecem. Dedicarei a minha vida ao Benfica, à minha missão. Saí de casa e disse `até domingo`, o que significa que não sairei daqui até domingo.”
Com um jogo iminente, Mourinho sublinhou a urgência e a importância do foco imediato:
“É uma honra colossal, e daqui a 48 horas teremos um jogo, e neste momento, nada é mais importante para o Benfica.”
