Reinaldo Teixeira, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), reafirmou a sua ambição de elevar Portugal ao 6.º lugar no ranking da UEFA. Este objetivo permitiria a três clubes portugueses acederem diretamente à fase de grupos da Liga dos Campeões, um passo crucial para o desenvolvimento do futebol nacional.
Durante a terceira edição do S4 Congress (Safety, Security, Service, Sports events), em Viseu, o dirigente abordou diversos tópicos cruciais. Num painel com o jornalista Paulo Sérgio, Teixeira discutiu a problemática da pirotecnia nos estádios, o combate à pirataria, a centralização dos direitos de transmissão televisiva e fez um balanço dos seus primeiros seis meses à frente do organismo. O congresso foi uma iniciativa da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD).
Primeiros seis meses na presidência da Liga
Reinaldo Teixeira descreveu os seus primeiros seis meses na presidência da Liga como “gratificantes”. Destacou o trabalho árduo e a interação contínua com as Sociedades Desportivas, reconhecendo o empenho e a colaboração de todas as equipas da Liga na prestação dos melhores serviços aos clubes. Afirmou que existem muitas ações e iniciativas em curso em todos os departamentos, sempre com o foco no benefício das Sociedades Desportivas.
Alterações nos quadros competitivos
Sobre as alterações nos quadros competitivos, Teixeira enfatizou o compromisso da Liga com princípios e valores, atuando com determinação para implementar ou modificar regulamentos. Mencionou um “roadshow” junto às Sociedades Desportivas para recolher opiniões e que, no início de dezembro, uma Cimeira de Presidentes apresentará propostas para os quadros competitivos e a chave de distribuição de receitas. O objetivo é valorizar o produto, aumentar o interesse dos espetadores de forma equilibrada, e promover a competitividade dentro e fora dos relvados, reforçando que o futebol é um negócio coletivo que requer bom senso de todos os envolvidos.
O caminho para o 6.º lugar no ranking da UEFA
Para atingir o 6.º lugar no ranking da UEFA e valorizar o futebol português, Reinaldo Teixeira apontou a necessidade de reduzir as faltas, aumentar o tempo útil de jogo, melhorar os relvados e as infraestruturas, e garantir maior equilíbrio financeiro para gerar mais receitas. Abordou também a questão da pirotecnia, reconhecendo melhorias graças à colaboração das Forças de Segurança e entidades, mas expressando o desejo da sua total erradicação. Reiterou que o futebol deve ser um momento de diversão e respeito mútuo entre os adeptos.
Centralização dos direitos audiovisuais
Relativamente à centralização dos direitos audiovisuais, o presidente informou que o regulamento de comercialização, que deveria ser apresentado até junho de 2026, foi entregue em julho de 2025. A Liga já se reuniu com a Autoridade da Concorrência, prestando todos os esclarecimentos necessários com a devida informação às Sociedades Desportivas. A decisão da Autoridade é esperada até outubro, no máximo novembro. Teixeira defendeu a total transparência para fomentar a competitividade e aumentar as receitas, visando valorizar o produto, os quadros competitivos, a experiência do adepto e, após estudar o mercado nacional e internacional, vender os direitos pelo valor mais elevado possível.
Melhorias nas infraestruturas dos clubes
Quanto às infraestruturas dos clubes, Teixeira destacou que a atual época conta com nove novos relvados nas competições profissionais, um investimento significativo. A Liga procura ativamente financiamento para que as Sociedades Desportivas continuem a melhorar as suas instalações, notando uma grande evolução e o empenho dos clubes neste crescimento, citando os exemplos do Lusitânia de Lourosa FC e do FC Alverca, que modernizaram as suas infraestruturas em conformidade com os regulamentos e as exigências da Proteção Civil.
Combate à pirataria
No que toca ao combate à pirataria, Reinaldo Teixeira foi claro na sua mensagem: “Se todos pagassem, pagávamos menos e tínhamos mais receita.” Sublinhou a necessidade de um empenho concertado de todas as entidades para erradicar a pirataria, pois “o crime não pode compensar,” defendendo uma ação conjunta para proteger o valor do produto futebolístico.
