O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, abordou novamente a controvérsia gerada pelas declarações de Frederico Varandas acerca de uma alegada influência clubística na FPF. Proença reafirmou a sua total transparência relativamente às suas preferências pessoais, ao mesmo tempo que salientou o foco da FPF na competência e no rigor.
Principais Objetivos e Transparência
O presidente da FPF garantiu que nunca dissimulou as suas opções clubísticas. Contudo, frisou que o principal desígnio da Federação é assegurar a competência e o rigor necessários para que a seleção portuguesa possa almejar o título de campeã mundial em 2026.
Reações ao Clima de Tensão
Proença foi questionado sobre o ambiente de desentendimento entre os “três grandes” do futebol português. Mencionou a realização de um significativo Summit internacional, que ele considera ter posicionado o futebol português de forma relevante a nível global. Criticou a tendência de perspetivas negativas, sublinhando que Portugal está a organizar o maior evento mundial de discussão sobre a indústria do futebol. Garantiu que fará uma intervenção final no Summit onde todos os temas polémicos serão abordados.
Sobre as Declarações dos Presidentes Clubísticos
No que concerne às críticas e declarações dos presidentes dos clubes sobre a FPF, Proença reiterou que, enquanto presidente dos 29 sócios ordinários da Federação, a sua função é exercer uma “magistratura positiva”. A FPF, segundo ele, não interfere nos movimentos internos das associações distritais, sindicatos e da Liga, mas mantém-se atenta e agirá quando for oportuno.
Alegado Mapeamento Clubístico na FPF
Pedro Proença desmentiu veementemente a existência de qualquer “mapeamento clubístico” na estrutura da FPF. Explicou que, durante o processo eleitoral, as inclinações clubísticas, bem como as eventuais “religiosas ou políticas” dos candidatos, eram de conhecimento público. Contudo, assegurou que a FPF prioriza a seleção de pessoas altamente competentes para os seus quadros, capazes de organizar eventos de reconhecimento mundial.
Adiantou ainda que a FPF implementou novas regras de “compliance” e boas práticas, garantindo a independência dos seus colaboradores. Proença concluiu que, apesar de nunca ter escondido as suas opções ao longo dos seus quase 30 anos no futebol, o seu compromisso como presidente é com a competência, o rigor e o sucesso da seleção nacional no próximo Mundial, princípios dos quais não abdicará.