A candidatura de Martim Mayer à presidência do Benfica foi oficialmente apresentada esta quarta-feira. O empresário, que contou com a presença de António Simões como mandatário, traçou a sua visão para o futuro do clube da Luz.
Mayer destacou a importância de um “diretor-geral para o futebol” para trazer “coordenação”, algo que considera essencial para o Benfica. Este novo cargo visa implementar um “projeto a médio prazo” e eliminar as “pequenas quintas que existem dentro do futebol do Benfica”. O objetivo é que “todas as decisões façam parte também de outras decisões”, criando um sistema coerente de cima para baixo. Mayer indicou que os nomes para as posições serão revelados “ao longo destes meses”.
Questionado sobre a situação de Bruno Lage, atual treinador do Benfica, Martim Mayer foi direto.
“É o treinador do Benfica e temos de deixar chegar as eleições para saber se à data ainda será o treinador do Benfica. Vamos a eleições à nona jornada, reservo-me a respeitar que seja o treinador do Benfica e não me alongo mais sobre o tema”, afirmou, acrescentando de forma incisiva: “Comigo não começaria a época.”
Quanto a outras áreas do clube, Martim Mayer manifestou a intenção de reformular as modalidades, focando no desenvolvimento da formação e na redução dos contratos de longa duração.
Um dos pontos centrais da sua proposta é o aumento da capacidade do Estádio da Luz.
“Como sabemos, é muito difícil adquirir bilhetes para os jogos do Benfica e isto tem de mudar”, salientou. A candidatura está a colaborar com “uma das maiores empresas do mundo em investimentos imobiliários e desportivos” para desenvolver um estudo que apresente a “melhor caminho para aumentar a capacidade do Estádio da Luz em 15/20 mil lugares”. Paralelamente, será criada “uma direção de bilhética independente” para simplificar a compra de bilhetes.
Mayer também prometeu “publicar relatórios financeiros claros e acessíveis com as contas para que os adeptos possam consultar o estado financeiro do clube”. Outros objetivos incluem reforçar a ligação com os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) e estabelecer “escritórios de representação na Suíça, França, EUA e Canadá”.
O candidato apresentou uma perspetiva financeira audaciosa: “Se cada adepto gastar por mês 4 euros – por ano 38,46 euros -, o seu Benfica passaria a dispor da módica quantia de 500 milhões de euros para investir.”
