Após a derrota por 3-0 frente ao FC Porto, na sexta jornada da I Liga, o treinador do Rio Ave, Sotiris Silaidopoulos, reconheceu a superioridade dos adversários e expressou as dificuldades que a sua equipa sentiu, criticando ainda o apertado calendário de jogos.
O técnico grego Sotiris Silaidopoulos não escondeu a frustração com o resultado negativo obtido no passado domingo em Vila do Conde. Segundo Silaidopoulos, a entrada forte dos “dragões” no encontro, que rapidamente resultou em dois golos, foi decisiva para o desfecho da partida, tornando a recuperação da equipa vilacondense uma tarefa hercúlea.
«Creio que estávamos a defrontar a melhor equipa da Liga, a que dispõe das melhores condições. Começar o jogo com dois golos sofridos daquela forma… torna a reviravolta extremamente difícil», afirmou o treinador. Ele destacou a importância de a equipa «se reerguer e manter a fé como um grupo», lembrando que o Rio Ave tem pela frente mais dois desafios complexos contra o Benfica e o Famalicão, exigindo uma resposta unida da parte dos seus jogadores.
Silaidopoulos explicou também as alterações estratégicas que tentou implementar ao longo do jogo: «Procurámos modificar a formação para adiantar as nossas linhas, mas no plano inicial do jogo, não queríamos recuar em demasia. Contudo, ao fazermos a mudança, acabámos por ficar um pouco expostos, sem a distância correta entre os jogadores e as linhas. Isto resultou em mais espaço para o FC Porto jogar com a bola. Foi um jogo realmente complicado para nós.»
O técnico não poupou críticas à gestão do calendário competitivo, salientando a exigência de disputar três jogos em apenas nove dias. «Não se trata apenas da partida de terça-feira [contra o Benfica]. São três jogos em nove dias. Isso não é muito justo para o Rio Ave», declarou. Silaidopoulos reconheceu o esforço do clube em apoiar as equipas portuguesas que participam em competições europeias, mas classificou a alteração do jogo contra o Famalicão como «inesperada». Na sua opinião, esta é uma questão que «devia preocupar a Liga e a Federação», defendendo que «todas as equipas devem competir sob as mesmas regras e condições».
Por fim, Sotiris Silaidopoulos dirigiu uma mensagem aos adeptos do Rio Ave: «Não quero fazer promessas, mas os adeptos têm todo o direito de expressar os seus sentimentos. Eles estavam aqui antes de qualquer jogador ou treinador e continuarão aqui depois. Têm o direito de o fazer, desde que de forma correta. O mais importante é a resposta que, enquanto grupo, temos de dar.»
