O defesa do Sporting, St. Juste, apagou, esta quinta-feira, um polémico comunicado das suas redes sociais. Esta ação surge após a divulgação da sua despromoção para a equipa B dos Leões. No referido comunicado, o jogador dirigia críticas severas à forma como a direção do clube lidou com a sua situação.
Horas antes, o Sporting já havia reagido oficialmente às “insinuações graves e inaceitáveis” do defesa. No seu post, agora removido, St. Juste afirmava que a sua transferência para o Osasuna não se concretizou devido a “questões legais e fiscais”, e que a notícia da sua despromoção à equipa B lhe chegou por intermédio do seu irmão, e não diretamente do clube.
Em resposta, o Sporting emitiu um comunicado onde reiterava a sua intenção de acionar “todos os mecanismos legais” para “repor a verdade” sobre o sucedido.
O Comunicado Completo do Jogador do Sporting (Agora Apagado):
“Nos últimos meses, a minha situação no Sporting gerou muita especulação. Sinto que é o momento de apresentar a minha perspetiva com total transparência.
No início da janela de transferências, fui informado pelo clube de que não precisaria de sair, pois o treinador contava comigo para a época. Contudo, com o início da temporada, fui inesperadamente excluído do plantel. Ninguém, seja da equipa técnica ou da direção, abordou o assunto comigo; fui, em vez disso, ignorado. Simultaneamente, os meus irmãos, que também me representam, foram contactados pelo clube, que manifestou o desejo de me vender devido ao meu contrato em fim de prazo.
Após um ano no Sporting, tive a oportunidade de me juntar a um grande clube na Alemanha, mas o Sporting deixou claro que não estava disponível para venda e insistiu no cumprimento do meu contrato. Compreendi perfeitamente a decisão e nunca causei problemas ou tive um comportamento inadequado por essa razão.
Apesar do meu amor pelo Sporting e da tristeza por não ter conseguido, devido a lesões, retribuir aos adeptos o que merecem, captei a mensagem. Nas últimas semanas do mercado de transferências, esforçámo-nos para encontrar uma solução. Viajei até Osasuna para conhecer o clube, mas questões legais e fiscais relacionadas com a estrutura contratual inviabilizaram o acordo. Com vários clubes alemães, cheguei a um entendimento pessoal, mas o Sporting apenas aceitou as condições propostas pelo Union Berlin. Durante uma semana, estive com as malas prontas, aguardando autorização para viajar. Dois dias antes do fecho do mercado, fui informado de que um jogador teria de ser vendido primeiro. Isso não aconteceu, e a transferência acabou por ruir.
Posteriormente, circularam na imprensa notícias de que eu teria rejeitado o contrato por motivos financeiros. Isso é uma inverdade completa; já havia chegado a um acordo pessoal há mais de uma semana.
Finalmente, tive a minha primeira conversa direta com a direção. Expliquei que existia agora uma possibilidade real de eu permanecer no clube, especialmente porque o nascimento da minha filha estava iminente em Lisboa, um acontecimento de grande importância para mim. A direção compreendeu e afirmou claramente: `tens um contrato com o Sporting, por isso podes ficar se assim o desejares.`
Hoje, treinei satisfeito com os meus colegas de equipa. Ao regressar a casa, fui surpreendido com uma avalanche de mensagens. Foi pela imprensa que soube da minha despromoção para a equipa B. Pouco depois, o meu irmão foi contactado pela direção, que lhe comunicou que eu ficaria na equipa B ou que deveria procurar alternativas no Médio Oriente. Tudo isto, poucos dias após me terem assegurado que compreendiam perfeitamente a minha vontade de ficar e focar-me no nascimento da minha filha.
Respeito o clube, o treinador e, acima de tudo, os adeptos, e apenas peço o mesmo respeito em troca.
Posso ser flexível, mas nunca me quebrarei; o verde e branco correm nas minhas veias. Por isso, vestirei a camisola da equipa B com orgulho.”
