Tim Mayer, um antigo proeminente comissário da Fórmula 1, anunciou a sua intenção de concorrer contra o atual presidente Mohammed Ben Sulayem para a presidência da FIA na próxima eleição de dezembro.
Mayer, um oficial de longa data no desporto motorizado dos EUA e filho do cofundador da McLaren, Teddy Mayer, confirmou a sua candidatura numa conferência de imprensa perto de Silverstone na manhã de sexta-feira, antes do fim de semana do Grande Prémio da Grã-Bretanha.
Ele lançou a sua campanha chamada “FIA Forward”, declarando que é “tempo para nova energia, novo foco e integridade renovada no coração da nossa federação”.
Mayer serviu como comissário da F1 durante 15 anos, mas em novembro passado disse ter sido despedido por mensagem de texto. Isto ocorreu na sequência de eventos no Grande Prémio dos Estados Unidos, onde, na sua função separada como delegado suplente para os grandes prémios nos EUA, representou o Circuito das Américas numa audição de direito de revisão. O circuito tinha sido multado em 500.000 euros (com 350.000 euros suspensos até dezembro de 2026) devido a uma invasão da pista por fãs no final da corrida.
Questionado se a sua candidatura era motivada por “vingança”, Mayer insistiu que “realmente não é”. Ele explicou: “Ele pedir-me para sair da minha função de comissário da Fórmula 1 deu-me a oportunidade de refletir sobre os valores da FIA. O que queremos que a organização seja?”
Ele acrescentou: “Este período trouxe para o centro das atenções a minha visão de que realmente precisamos de ter uma organização profissional, que valorize os nossos voluntários e Clubes Membros, e que procure o crescimento – particularmente para os países menos servidos. Sempre fui apaixonado pela FIA, e o que aconteceu no ano passado aumentou essa paixão em vez de a diminuir.”
Relacionado com isto, o bicampeão mundial de Ralis Carlos Sainz Sr, pai do atual piloto da Williams na F1, anunciou recentemente que não se candidataria, tendo decidido que “as circunstâncias não são ideais para estabelecer as bases da minha candidatura”.
A eleição da FIA está marcada para 12 de dezembro e ocorrerá na Assembleia Geral no Uzbequistão, onde os clubes membros globais do órgão dirigente do desporto motorizado elegerão um presidente para o próximo mandato de quatro anos.
Mohammed Ben Sulayem, ele próprio um antigo piloto de ralis, venceu a última eleição em dezembro de 2021 contra o britânico Graham Stoker, depois de Jean Todt, que serviu por muito tempo, ter renunciado ao atingir o limite de três mandatos da FIA.
Mayer também comentou sobre a plataforma anterior de Ben Sulayem: “Há quatro anos, Mohammed apresentou algumas ideias muito boas. O seu manifesto foi aceite por todos os clubes e ele falou sobre empoderamento, transparência e reforma, que são todos valores em que acredito completamente.”
No entanto, Mayer acrescentou: “nunca tivemos menos transparência do que temos agora, e a reforma significou uma concentração de poder num só gabinete, o que vai contra o significado da palavra.”
