O chefe de equipa da Mercedes, Toto Wolff, não poupou críticas ao desempenho da sua equipa na sessão de qualificação para o Grande Prémio do Mónaco, classificando-o como “péssimo”. Nenhum dos pilotos, George Russell e Kimi Antonelli, conseguiu garantir um lugar no top 10.
Esta é a primeira vez em mais de três anos que ambos os monolugares da Mercedes ficam de fora da Q3 na mesma corrida. Kimi Antonelli teve um acidente na Q1, enquanto um problema técnico pôs fim à sessão de Russell na Q2.
Russell partirá da 14ª posição na grelha de partida, com Antonelli logo atrás, em 15º, apesar de ter registado um tempo que seria suficiente para avançar da Q1 antes do seu incidente.
Refletindo sobre o resultado, Wolff disse que foi “péssimo”. Adicionou que “os erros acontecem, independentemente de serem pilotos experientes ou não”, referindo-se ao acidente de Antonelli. Relativamente a Russell, sublinhou a necessidade de investigar a falha no motor do seu carro.
Apesar de a Mercedes, que ocupa o segundo lugar no campeonato de construtores em 2025, ter tido dificuldades de ritmo nos treinos livres no Mónaco, a equipa parecia ter encontrado alguma performance nas fases iniciais da qualificação antes dos problemas surgirem.
A corrida de domingo no Mónaco introduz uma nova regra que obriga cada piloto a usar três conjuntos de pneus, implicando duas paragens nas boxes (salvo interrupções com bandeira vermelha). Wolff vê esta mudança como um potencial fator de variabilidade que poderia ajudar a equipa a recuperar.
George Russell expressou a sua frustração após a falha técnica que o impediu de lutar por uma posição melhor. Descreveu a situação como “dois problemas em duas corridas” consecutivas, embora por razões diferentes (referindo-se ao problema de acelerador de Antonelli na corrida anterior em Ímola).
Russell sentiu-se forte no carro desde o início da qualificação e estava convencido de que podia ter lutado por uma boa posição, tornando a desistência ainda mais desanimadora.
Apesar da nova regra das duas paragens, Russell mostrou-se pessimista sobre o seu impacto estratégico, argumentando que não trará “grandes revelações” e que não estavam preparados para definir estratégias a partir das posições 14 e 15.
Por seu lado, Kimi Antonelli admitiu que o acidente na Q1 foi “um erro muito desnecessário e dispendioso” e assumiu total responsabilidade, pedindo desculpa à equipa pelo sucedido.
O jovem piloto de 18 anos reconheceu que a equipa terá de “fazer algo louco” e pensar de forma muito diferente para tentar salvar o fim de semana e recuperar o máximo de posições possível na corrida.